segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tento Saber

E chego à conclusão que talvez...mais ou menos...quando conseguir esquecer que no meu mapa existe o planeta B612 e um Pequeno Grande Príncipe a cuidar de uma rosa.
Nesses raros momentos valorizo o pouco que tenho e reconheço que talvez me esteja a libertar do «meu» príncipe.



By Nuno Guerreiro

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

avisos à navegação

Quando se sente um terramoto não se pensa em ir para debaixo da mesa, nem para qualquer outro lugar seguro.

Reza-se muito e rápido para que o tecto não nos caia em cima da cabeça enquanto tentamos reconhecer o que raios se está a passar.

Estar em casa com pessoas que não sentiram nada e dizem que estamos a alucinar não ajuda.

Portanto ficam aqui este avisos à navegação:
- aprendam a rezar bem, rápido e com força. comigo resultou e o tecto não me caiu em cima. Estou muito grata por isso.Já não estou tão grata por habitar um rés-do-chão com várias toneladas de cimentos por cima.

- deixem que sejam os outros habitantes da casa a vir ter convosco, porque ficar a duvidar da vossa sanidade mental durante 20 minutos não é pêra doce-posso garantir.

-argumentos baseados em espanta-espíritos não são válidos. Assim do estilo: «Oh Ana...o que tu tiveste foi uma alucinação, o meu espanto-espíritos nem se mexeu». Acreditem em mim, também não conta e tenho um sismo com escala de não sei quantos para o comprovar.

Navegai pois com cuidado-como diria um saudoso amigo meu da faculdade para quem fica aqui hoje o meu beijinho de Parabéns por mais um aniversário.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

casamentos duradouros...

Cheguei à conclusão que a minha relação com o Direito é exactamente como aqueles casamentos que duram para a vida, em que as pessoas se amam profundamente, mas em que volta não vira é absolutamente necessário que se afastem para perceberem que devem ficar juntas e que se amam de verdade, que devem ficar uma com a outra.

E eu e o Direito somos assim: devemos ficar juntos e felizes para sempre. Espero apenas que ele me aceite de novo!

Apetece-me portanto dedicar-lhe esta pequena melodia:

domingo, 18 de outubro de 2009

Um pouco de fé!

Nestes últimos dias a Ana andou perdida entre a melhor tradição estudantil e a sua própria memória do que isso possa significar.

Pelo meio aproveitou para visitar o Grande D. Afonso Henriques (melhor e com muito mais honra em Guimarães do que ali),a melhor tradição académica de Coimbra (que espera ter honrado nos tempos da Academia de Lisboa), a Grande Rainha Santa,um mosteiro ou outro e, claro uma ou outra residência (ainda a melhor especialista em entradas e saídas undercover).

Entretanto a Ana andou em recuperação dos mil disparates que lhe ocupam a mente. Não teve muito sucesso, mas sempre que esta música soar tudo vai ficar bem mais fácil e divertido e a memória vai viajar pelas estrelas,certamente. Tudo vai ter uma perspectiva bem diferente. Ainda que seja à luz de uma qualquer noite longínqua no Plateau há já muitos anos. A Ana vai ser sempre vista aos pulos sempre que esta música começar a soar em Lisboa, Paris, Aveiro, Guimarães, Porto ou seja lá onde for.

Acima de tudo um pouco de fé!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Por estes dias



Memórias de outras tardes de sol, ou de chuva, memórias de outras noites. Não deixa de ser irónico que uma música tão triste possa ter servido de pano de fundo a coisas tão boas.

Por estes dias apetecia-me ir para longe, para onde a música não fizesse tanto sentido.

domingo, 27 de setembro de 2009

Os burgueses...

O Tiago (que será a tradução de Jacques) andou comigo por Paris.
A Diana apresentou-me portanto este senhor, o Jacques Brel, e este melodia, muito apropriada à missão que nos levou à cidade-luz e lá andei eu a insultar burgueses perto de tudo o que era instituição financeira de relevo e em muitas ocasiões no interior de uma determinada instituição em particular.

Ora o Tiaguito vai muito bem nesta melodia principalmente pela ironia.
Será que acabaremos todos do outro lado da barricada? Andar a defender a justiça no mundo e pugnar por um mundo melhor dentro de um Banco, será um paradoxo?Querer justiça social e ao mesmo tempo rigor económico indica exactamente o quê? Fará de mim uma pequena burguesa?

Continuarei a cantar por aí que os burgueses são todos parvos e como os porcos e mais nada.




OS BURGUESES

"Com o coração bem aconchegado e os olhos postos na cerveja da tasca da Adriana Gorda, eu, o meu amigo Jojo e o meu amigo Pierre, bebíamos os nossos vinte anos...
O Jojo fazia de Voltaire, o Pierre de Casanova, e eu, e eu que era senhor do meu nariz... Eu fazia de mim mesmo!
E à meia-noite quando passavam os Notários que saíam lá do Hotel dos Três Faisões, nós, rapazes com boas maneiras, mostrávamos o cu e cantávamos: “Os burgueses são como os suínos, quanto mais velhos mais cretinos... Os burgueses são como os suínos, quanto mais velhos...”

Com o coração bem aconchegado e os olhos postos na cerveja da tasca da Adriana Gorda, eu, o meu amigo Jojo e o meu amigo Pierre, queimávamos os nossos vinte anos!... O Voltaire dançava como um vigário, o Casanova, nem por isso, e eu, eu que continuava senhor do meu nariz, bebia até tocar com o dedo...
E à meia-noite, quando passavam os Notários que saíam lá do Hotel dos Três Faisões, nós, rapazes com boas maneiras, mostrávamos o cu e cantávamos: “Os burgueses são como os suínos, quanto mais velhos mais cretinos... Os burgueses são como os suínos, quanto mais velhos...”

Com o coração sossegado e o olhar tranquilo, no Bar do Hotel dos Três Faisões, eu, o meu amigo Senhor Jojo, e o meu amigo Senhor Pierre, passamos o tempo entre outros Notários. O Senhor Jojo fala de Voltaire, o Senhor Pierre fala de Casanova, e eu, eu sempre senhor do meu nariz... Eu ainda falo de MIM MESMO!
E sempre que saímos do Hotel dos Três Faisões, perto da meia-noite, senhor Comissário, uns jovens grosseirões lá da tasca da Adriana, mostram-nos o traseiro e cantam em coro...“Os burgueses são como os suínos, quanto mais velhos, mais cretinos”... Isto é o que eles cantam, senhor Comissário...”Os burgueses são como os suínos, quanto mais velhos, mais cretinos..."

1 semana de luto

Ganhou a repressão discreta e o autoritarismo.
Ganhou o compadrio e o despotismo.
Ganhou o «factor c» e o «venha a nós».
Ganhou o adaptar da lei para aquilo que der mais jeito no momento.
Ganhou a demagogia e o cinismo.
Ganhou a política de cosmética.
Ganhou a Direita que anda mascarada de Esquerda e tem vergonha de o ser.
Ganhou o partido que conseguiu piorar a vida dos portugueses em geral e de cada um de nós em particular.
Perdeu o país e por isso vou andar uma semana de luto.